Sr. Rosa

O rockinRio Lisboa é isto. Pelo menos parece-me. Um evento que agarrou um grande "nicho": o dos indivíduos, jovens e não só, que querem estar num sítio seguro e controlado mas com um sentimento eufórico de rebeldia que ou já perderam ou nunca sairá da sua alma.
No RockinRio Lisboa há locais para comer, asseados, com empregados educados. Há sanitários sempre disponíveis, limpos e a cheirar bem, relvado verdejante, locais para fazer yôga (acho que não há ióga), locais radicais que libertam emoções fortes q.b. (uma rampa de neve artificial com uns míseros 10 metros e com "instrutores" de snowboard bronzeados na Costa da Caparica que empurram os visitantes para a emoção possível numa bóia que provoca atrito suficiente para que não atinja uma velocidade acagaçante), há cabeleireiros e manicures, pessoal do INEM simpático e compreensivo com "ingestores ocasionais de alcool", há uma brasileira milionária com ares de jovem maluca e divertida, há os jovens malucos e divertidos, voluntários betinhos e bem dispostos com ar vodafone, cotas de pullover aos ombros com os seus filhos adolescentes, cotas de calções e camisas engomadas Sacoor Brothers que transpiram irreverência, músicos que não fazem demasiado estrilho (a tshirt com "Kill Bush" do zé pedro dos xutos foi filmada umas 3 vezes e sem querer...).
Não existem no RockinRio Lisboa os jovens alcoolizados a correr e a dizer palavrões, os velhotes sentados no chão a comer o farnel, emoções exacerbadas, bandeiras sugestivas, charros a passar de mão em mão, etnias misturadas, mas existe o Axel Rose... que deixo à vossa consideração